A promessa de vigília eterna ardia
Sob a fogueira do sempre ensejar
De onde provém tal galhardia
Que eu não consigo enxergar?
Na amplidão que me liga ao nada
Sigo anônimo por um labirinto
Ergo meus braços, finjo escada
Tentando conduzir-me ao infinito
E se nada eu sou e nada tu és
Conforme o anonimato assim impõe,
Deponho as armas sob seus pés
Loucura essa, quem pressupõe?
Tal desmantelo é um enviés
Que só mesmo um poeta louco dispõe.